segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

O demônio do conhecimento - Marah Mends



O demônio do conhecimento

Faltam eufemismos para aliviar o formigamento que vai do dedão do pé, até o último fragmento de cabelo. Os depoimentos contrastantes, os choros inimitáveis e as goelas inchadas de adagas, nada mais são do que o refluxo da lama e do fogo que viraram cerâmica.
Há um emaranhado de sentimentos desconexos nessa bruma, nesse ninho. Por onde anda o seu outro? Neutro? Ou sonâmbulo, sozinho?
As páginas que seguem são de um romance sobre o nada, tão imprestável que não amplia horizonte nenhum. É um engendrado de inventividades acostumadas a serem tomadas quentes em xícaras vazias logo pela manhã. Talvez ainda haja esperança pelo golpe de sorte ou de azar. Mas e se tudo já estiver perdido? E se tudo que acreditou, não for?
Trago péssimas notícias do futuro: Há lágrimas que não caem, mas inundam por dentro.

Marah Mends


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

PROJETO POESIA É DA HORA COMPLETA 06 ANOS E FAZ FESTA NO BAR DO FRANGO

06 anos do projeto Poesia é da hora. Bar do Frango. Eita noite boa! Noite de festa! Noite de aniversário! Noite celebração da arte,...