terça-feira, 23 de julho de 2019

Lançamento do livro: Quanto mais abaixa, mais aparece a bunda - Henrique Ramos


Salve, salve... Marca na agenda aeeee meu!

Dia 10 de agosto às 19h no Botedo dos Cardozos vai rolar o lançamento do primeiro livro do Henrique Ramos: Quanto mais abaixa, mais aparece a bunda. Chega mais pra trocar umas ideias com o autor, adquirir uns exemplares e participar desse momento tão da hora que é o lançamento de um livro autoral

Durante o evento vai rolar também o sarau Poesia é da hora com diversos convidadxs e um pocket show de responsa com Alex Uchoa.

Encosta no boteco que a noite vai ser linda!


segunda-feira, 22 de julho de 2019

Texto de Mari Pionório no boletim Poesia é da hora


Salve, salve...

Dominguera, dia 28/07  é dia de boletim Poesia é da hora na rádio mais maaaaassa da cidade! E a gente chega como? Com o texto poético da Mari Pinório, claro! E que texto, bicho!
Acessa o link da rádio pra ouvir também nossas dicas culturais, abraços poéticos e muito mais. Bora trocar?


Discrepâncias - Marah Mends


Discrepâncias
Entrou em descompasso com o passo vacilante que deu. Vacilar já tá no sangue é hereditária a vacilação em que se submeteu. Mesmo depois de reinterpretar significados e abrangências das lembranças e esquecimentos, as silhuetas das paisagens só comprovaram a ausência de discernimento. Quando tudo isso começou?
Tal como um advérbio de intensidade, acumulou mais e mais ambiguidades na superficialidade do caminho; tinha potencial criativo para isso. Sob o viés qualitativo é possível talhar versos de prestígio tendo seu semblante em constante estado pejorativo? Quem é que entrega a bolsinha da vacilação, afinal? E quem é que pega? Quem é que fornece? Quem é que reproduz? Quem é que tomba? Tem cor? Tem classe social?
Bocas desabotoadas em dias-noites de incêndio. Quando a notícia estourou um corpo foi encontrado na calçada, no relento, um nada no meio do nada. Vacilante fuzilou-se com apreço. Aonde estão os agentes da mudança quando se precisa de um acolhimento sem julgamento?
Legitimada, mais uma vez, a execução de quem vacila. O cidadão de bem reclamou, afinal, um corpo qualquer estirado no chão atrapalhou a sua caminhada matinal.

Marah Mends

domingo, 21 de julho de 2019

Mandacaru - Marah Mends


Mandacaru


Ficou igual a papel picado  quando enlaçou-se ao Mandacaru. Mandacaru é gente, planta, bicho, espírito e todo espinho que nasce, cresce e se desenvolve no imaginário inventivo. Espinho também é autodefesa, nem sempre, contra-ataque.
Deu duas esquerdadas à direita e topou com a predestinação. Parecia exótica e romanceada essa caminhada, mas era apenas memorialista, quase quase dizimada.
Há solidão entre os solidários? E entre Mandacarus?  E entre singularidades aparentemente alicerçadas? Há?
É experimental esse tateamento, assim como, tentar segurar o vento e torcer em vão para ele não escapulir entre os dedos. Sobrou o olhar de frustração. O olhar é tão sensorial... já viu almas só de olhar nos olhos. Quantos campos de complexidade as almas carregam e quantas correntes surrealistas a escorregar na pista lisa respingada de condão de sínteses?
Mandacaru é gente é planta é bicho é estado de espírito interpretável por gente simples, da roça, formadores de vínculos. 
As estruturas coisificadas mandachuvas de vidas nunca serão Mandacaru!  Por isso temem... querem tudo. A afetividade mútua carrega a chave de todos os risos e aprendizagens, mas as estruturas coisificantes vão dizer: afeto mútuo é indigesto, incerto, poético demais igual à erva daninha. Faz parte do projeto. Quem tem afeto mútuo escraviza? 
Alteraram a arquitetura do mundo e o estado é irreversível. Nem mandachuvas nem Mandacarus, nada sobreviverá. 

Marah Mends

Traçar a linha - Marah Mends



Traçar a linha

Há setenta metros do chão olhou para baixo. De imediato sentiu o vento gelado neutralizar as narinas... brrrr, frio da porra! Baforou nas mãos e de súbito lembrou da fumaça do cachimbo do avô. Engraçado memorar a fumaça, o cachimbo, o avô. Essa conexão neurológica faz sentido? Da boca, "fumaça" sai, mas por que evocou o cachimbo? 
A indisciplina transcorre nesse pensar que corre solto. Bastou concentrar-se no horizonte revolto para tornar perceptível a ausência da fumaça na boca e a presença das partículas condensadas a dançar boca a fora. São tão díspares no significado a fumaça e a partícula condensada! Uma é X a outra é Y e ambas carregam consigo a anatomia da poesia em movimento, balanço e ritmo.
Traçar a linha e cruzar com ela. Traçar a linha e olhar para ela. Traçar a linha e tropeçar nela. Traçar a linha e estar ao lado dela. Traçar a linha e estar dentro dela. Traçar a linha e ser traçada por ela.
Seja do chão ou do elevado, entre fumaças, partículas condensadas ou traços, a respostas é a mesma: existe uma sensação sublinhada no ar...

Marah Mends


Henrique Ramos vai lançar seu primeiro livro em agosto


Henrique Ramos, do coletivo Poesia é da hora, em breve lançará seu primeiro romance intitulado "Quanto mais abaixa, mais aparece a bunda". Em breve, maiores detalhes.

77ª edição do sarau Poesia é da hora - C.A Aparecida (Mooca)


Centro de Acolhida Aparecida
Mooca



Sabe quais foram as partes mais gostosas deste sarau? Quando a gente se abraçou! E quando a gente sorriu em cumplicidade! E quando a gente se permitiu aprender e trocar  entre nós. Quando a gente olhou nos olhos e viu aquele brilho que encanta, sinal que, naquele momento, a arte fez toda a diferença. São esses detalhes que nos move e nos alimenta a cada encontro. É por isso que estamos há mais de sete anos tocando esse sarau que é tão louco, tão único, tão bagunçado, mas cheio de afetividade, sabe.



Nessa edição realizada em um Centro de Acolhimento que abriga apenas mulheres e crianças,  tivemos a parceria de amigxs e queridxs do coletivo Poetas do Tietê (que na maioria das vezes está conosco nas trincheiras literárias). 
..


O Mano T, veio de Arujá e fez suas rimas, mandou um recado de responsa que veio direto das quebradas. Outro parceiro que esteve conosco também na Craco. 


Rolou um intercâmbio de dois poetas do Rio de Janeiro, o Thiago e o Don Juan, aliás, nos conhecemos durante a FLIP de 2018 e olha só que mundo pequeno, eles aqui. 




Toni Mioto, meu professor de softwares livres e a poeta Inês, sua companheira também marcaram presença. 

E as poetas da casa? Que lindeza ouvi-las na expressão da arte, com poesia, com música, com dança. As crianças deram um show todo especial para o sarau ficar ainda mais lindo! Que bom que conseguimos doação de livros infantis para complementar na leitura delas. 

Foi lindi! Foi massa! Só agradece!

No dia 10 de agosto a gente se vê novamente no lançamento do primeiro livro do camarada Henrique. Até lá.











sábado, 6 de julho de 2019

Poetas do Tietê e Mano T no sararau Poesia é da hora



Só pra constar que o Mano T e os Poetas do Tietê vão colar no sarau Poesia é da hora do dia 20/07 às 14h no C.A Aparecida. Vai ter umas rimas então...

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Dia 20 de julho, sabadão, vai rolar nosso septuagésimo sarau Poesia é da hora, no Centro de Acolhida Aparecida, bairro Alto da Mooca - SP. Este C.A abriga 150 mulheres e 70 crianças brasileiras e estrangeiras em situação de vulnerabilidade social. A ideia do sarau é interagir com arte, trocar, papear, abraçar, ouvir, falar, absorver, observar...
Nessa edição teremos a interação especial dos camaradas de longa data, o coletivo Poetas do Tietê e microfone aberto pra quem quiser chegar e participar das atividades. O sarau Poesia é da hora vai das 14h às 16h.
Organização: Poesia é da hora (Henrique Ramos, Marah Mends, Nicanor Jacinto.
Contato: poesiaedahora@gmail.com

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Amplitude - Marah Mends


Amplitude

De um horizonte a outro há uma perspectiva linear. A temeridade no entorno é inextricável, para não dizer, apreciada, licenciada, propositada.
Na cavidade de cada elemento neutro ou exposto, eis um ponto focal chamado ser humano. Ano após ano, todo sentimento declarado insano, entra em parafuso com organismos outros. Quem demanda mais? O cérebro ou o coração? Pra que demandas quando não se sabe calcular intersecção?
É na linha invisível que está a melhor ou pior parte da linha paralela. Quem olha de longe vê, mas quem de perto olha, enxerga que o prato vazio enverga no estômago da miséria. Quem são os miseráveis a traçar a linha diagonal até você? É tão miserável quanto? Somos?
Mesmo dividindo em partes iguais, o resultado foi diferente individualmente, a matemática não mente: nunca fomos iguais. Apenas pedaços de amplitude.

Marah Mends


Boletim Poesia é da hora com texto poético de Tamires Frasson


Salve, salve...
Dominguera é dia de boletim Poesia é da hora. Convido vocês a sintonizar a rádio Cantareira FM que terá o texto poético da escritora Tamires Frasson, autora do livro Das inconformidades do cotidiano.
Bora?
Até lá...

77ª edição do sarau Poesia é da hora - C.A Belém (Julho 2019)



Salvê.

Dia 20 de julho, sabadão, vai rolar o septuagésimo sarau Poesia é da hora, no Centro de Acolhida Aparecida, bairro Alto da Mooca - SP. Este C.A abriga 150 mulheres e 70 crianças brasileiras e estrangeiras em situação de vulnerabilidade social. A ideia do sarau é interagir com arte, trocar, papear, abraçar, ouvir, falar, absorver, observar...
Nessa edição teremos a interação especial dos camaradas de longa data, o coletivo Poetas do Tietê e microfone aberto pra quem quiser chegar e participar das atividades.
Quem puder encostar com livros, principalmente para crianças, será importante.
O sarau Poesia é da hora vai das 14h às 16h.

Organização: Poesia é da hora (Henrique Ramos, Marah Mends, Nicanor Jacinto.
Contato: poesiaedahora@gmail.com

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