sábado, 24 de agosto de 2019

Sarau Poesia é da hora - CEU Aricanduva


































Agosto 2019.

Durante a Feira da Sustentabilidade, que foi do dia 22 ao dia 24, rolou nosso sarauzão com música, poesia, reflexão e troca de vibes e saberes.  Gratidão Fabio Cardozo pelo convite, aos funcionários do CEU,  aos estudantes da EJA que nos receberam com muito carinho e aos professores que participaram conosco dessa sarauzada.
Quem quiser e puder dar aquela curtida na nossa página, só chegar.
https://www.facebook.com/poesiaedahora/

A gente se vê numa próxima!
Abraços!

Boletim Poesia é da hora com Romeyka Pereira


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Relações Arbitrárias - Marah Mends (Características das personas)

Keyah:

Afro-nômade. Nasceu em Luanda, na Angola, mas por conta do trabalho da mãe, uma diplomata senegalense, morou também em Abuja, Nigéria e Cidade do Cabo, África do Sul. Tem laços afetivos intensos com seus pais e desde pequena sempre foi muito independente e desconstruída. Aos nove anos acontece uma grande virada em sua vida quando começa seu curso de medicina em uma das melhores universidades da Cidade do Cabo. Trabalha na instituição Médicos Sem Fronteiras, atua em diversos países africanos em missão e torna-se uma das dez jovens mais influentes da África. É descolada, adora diversão, esportes radicais, adepta ao poliamor. Sonha em conhecer o Brasil e por conta de uma missão dos M.S.F, muda-se da Cidade do Cabo para São Paulo e o destino a faz conhecer pessoas que mudam completamente o rumo da sua vida.

Esdras:

Paulistano, descende de família conservadora cristã, filho de um dos cartunistas mais famosos do país. Nunca passou por dificuldades financeiras e desde menino sofre com bullying e baixa autoestima. Quase não tem amigos, aliás, tem só um amigo, Alexis. Vive sob as rédias dos pais conservadores e ausentes, mesmo depois de adulto. Formou-se em musicoterapia. Tem gostos peculiares. Prefere a solidão a ter que se relacionar com pessoas. Odeia bichos. Gosta de rotinas. É extremamente tímido. Bipolar.

Mafaune:

Nova-triunfense. Nova Triunfo, Bahia, é uma das cidades mais pobre do Brasil. Vida sofrida, família desintegrada, ódios e traumas acumulados. É marrenta à beça, pratica artes marciais mistas, gosta de esportes radicais, tem o passado obscuro, odeia falar sobre questões pessoais, odeia gente, especialmente as intrometidas. Extremamente inteligente e estrategista, prefere os bichos do que os humanos. É leal aos seus princípios. Professora de Sociologia da rede pública de ensino. Seu filho tem uma doença degenerativa e precisa andar de cadeira de rodas.

Alexis:

Arujaense, família fragmentada, tem um caráter duvidoso, é fera em tecnologia da informação, violou o código penal inúmeras vezes. É folgado, espaçoso e mora longe. Extremamente inteligente e estrategista. Dissimulado.  Manipulador. Tóxico. Melhor amigo de Esdras.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Sarau Poesia é da hora na Virada Sustentável - 2019


Relações Arbitrárias - Marah Mends



Relações Arbitrárias é um livro em prosa de ficção, com 13 capítulos e 178 páginas. Dá uma passeada em temáticas e sensações diversas como... assassinatos em série (o abre alas de cada capítulo é com uma frase de assassinos nesse naipe), tem relacionamento padrão, não-padrão e arbitrário, amizade como ato de amor, uma pá de gente é assassinada, enigmas, mistérios, teoria da relatividade como simbologia psicopática, suspense, neuras, masculinidade tóxica, sororidade, desigualdade, confusões, perseguições, porradas, beijos e filadaputices...

Capítulo 1.

Descreve a cena de um terceiro assassinato. Nem todo personagem tem nome. Nos primeiros capítulos, o livro não segue uma ordem cronológica, cuidado para não dar um nó no cérebro.

Capítulo 2.

Inquietações são jogadas no ventilador.

Capítulo 3.

Conta sobre a ascendência de um dos personagens.

Capítulo 4.

Conta sobre a ascendência de outra personagem, pois se faz necessário analisar o contexto histórico e psicológico de cada criatura envolvida nessas arbitrariedades.

Capítulo 5.

Conta o que o capítulo 2 não contou.

Capitulo 6.

Algumas máscaras sociais caem e acontece o primeiro assassinato brutal.

Capítulo 7.

É pautada outra trajetória familiar de outra persona. Depois, as cóleras de cada personagem. A segunda criatura é brutalmente assassinada. Toda vez que acontece um assassinato todxs são suspeitos. Uma segunda pessoa é assassinada também com os mesmos requintes de crueldade.

Capítulo 8.

Este capítulo conversa com o capítulo 1. A terceira vítima é encontrada.
  
Capítulo 9.

Investigações intensas e alguém muuuuuuito gente boa (pode/vai morrer). Matei ou não matei? Só pra constar, não tenho dó de matar os personagens não, viu (me xingaram muito no meu primeiro livro).

Capítulo 10.

Alguns pingos nos is são colocados, existe amor em SP, mas ainda há incômodos e mistérios.

Capítulo 11.

Alguns nervos ficam expostos e dentes são arrancados.

Capítulo 12.

O baguio fica louco e tem uma reviravolta...

Capítulo 13.

Talvez você sinta vontade de amar ou matar alguém.


Relações Arbitrárias - Marah Mends



O livro Relações Arbitrárias era pra ter saído entre março e abril de 2019. Pensa numa pessoa enrolada! Pensou? Pois é, eu sou o dobro e os motivos são taaaaaaantos! O livro ficou "pronto" no final de 2018. Levei quase um ano para escrevê-lo. Pronto, pronto, na verdade... sei lá, porque quanto mais releio, mais passo raiva (comigo) e mais quero mudar o que já foi consentido e desconsentido. Saca quando você se enrola nos seus próprios labirintos? Mas essa sensação foi com todos os livros e talvez, pouco mude ou nada mude daqui para frente. Há incômodos...

Dessa vez, encasquetei que queria participar do processo de diagramação e criação da capa. Nos trabalhos anteriores, outros parças cuidaram dessa parte para mim. Mas, bicho, fazendo uma autocrítica, ter terceiros para cuidar da capa e da diagramação é luxo demais pra quem escreve e publica de maneira independente. A gente precisa se qualificar nas ferramentas pra fazer com maior autonomia parte do corre, saca? Exceto a correção ortográfica, isso eu não me meto à besta...

Foi aí que a camarada Inês Santos e o camarada Toni Miotto entraram nesse processo. Foram dias e mais dias frequentando a casa deles (com brejas, vinhos, queijos e conspirações), mas também dias de troca de conhecimento, acolhimento, oficinas específicas pra tocar de forma autônoma a diagramação e capa dessa nova brisa. Foi meu primeiro trampo nesse naipe e se eu cagar muito, pelo menos vou cagar num trampo meu. E depois arco com as consequências... O conhecimento que me passaram vou repassar para que outrxs escritorxs (especialmente) da quebrada, possam ter mais autonomia mediante seus trabalhos. Calma... vou me organizar para isso! E só relembrando que sou beeeeem enrolada... 

Mas, sem mais delongas, esse post foi só para agradecer de coração a essa dupla finíssima que me apoiou neste novo trampo e também tem apoiado em tantas outras batalhas...  
Seguimos...

Relações Arbitrárias - Marah Mends


Relações Arbitrárias - Marah Mends


Eu senti minhas tetas doloridas, um cansaço físico, mental e emocional da porra, enjoei, passei noites em claro, conversei sozinha, me irritei comigo mesma, me irritei com palpites, me irritei com perguntas, me irritei com as personagens, tomei cachaça pra aliviar as neuras, tomei cerveja pra agradar o paladar e meu humor oscilou muito pro bem e pro mal (ainda tá oscilante. É oscilante). 

Tá pensando que é boi parir um livro, fi? É um trabalho do cão! Mas apesar de todos esses sintomas e hematomas, também fiz carinho na barriga, amei, fiquei boba e conversamos noites inteiras. Cada livro escrito é como um filhx sim... que não tem gênero (grande bosta) e é solto aí no mundão pra comunicar algo. Relações Arbitrárias é meu quinto fióte... 

Durante o promíscuo processo de concepção, essx filhx também teve o carinho acolhedor de muitas mulheres que também passaram a mão na minha barriga. E aprendi com cada uma delas, com seus dizeres, escritos, atitudes, lutas, pontos de vista, artes... só agradece essas  aliadas que estiveram comigo:

Kelly Nascimento: Fotografia.
Caróu Oliveira: Correção ortográfica.
Isabelle Miotto: Ilustração de capa
BrisaFlow: Texto de contracapa
Inês Santos & Va Cartonera (pelo acolhimento, vinhos, brejas, oficinas e conspirações. Vou falar de vocês depois...)

Apresento-lhes então o livro... Relações Arbitrárias, prosa de ficção, 178 páginas, Edições é da hora, um selo independente e clandestino, do jeito que a gente gosta! Já aceito convites pra lançar nos saraus de vocês a partir do mês que vem... (Ainda tô em trabalho de parto...)

Será lançado oficialmente em setembro (data a definir), na quebrada mais chavosa de Arujá, Parque Rodrigo Barreto. A mesma quebra das esquinas dos pancadão, das motos empinando, da polícia descendo o cacete em jogador de time de várzea, dos pipoco na madruga, do olho por olho e dente por dente, da pizza de 10 conto, do vapor barato, dos amigos de infância presos ou assassinados, das minas que engravidaram aos 13 e de uma geração que lia bem sussa Eu, Christine F, 13 anos Drogada e Prostituída. A mesma quebra que cresci, me desenvolvi, aprendi a respeitar e ser respeitada, aprendi a defender e me defender, correr por mim e pelos meus e pelos nossos. Essa mesma quebra de gente de luta, filhxs da luta e que vou apresentar meu quinto filho pra ela... Claro que vai ser bonita essa festa, carai! 
Em breve, maiores detalhes...

Contracapa: Brisa De La Cordillera

Keyah, uma médica luandense, de passagem pela cidade de Arujá, começa se relacionar com Esdras, filho de um cartunista famoso. Mulheres começam ser encontradas mortas com marcas e sinais em seus corpos. Keyah conta com a sororidade de sua amiga Mafuane, que começa a ficar preocupada se sua parceira se tornará a próxima vítima. Surpresas tensões fazem duas mulheres negras se unirem para salvar suas vidas e desvendarem os assassinatos. Uma história fictícia com altas doses de realidade e ao mesmo tempo inspiradora sobre narrativas de  sobrevivências em um país  com inúmeros casos de feminicídios.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Pontas cônicas - Marah Mends


Pontas cônicas.

Faça um objeto com sombra, pediram. Sem lampejo, olhou para o papel vazio e não houve a conexão. Era um dia de sol, mas no âmago chovia. Pensou em desenhar um reflexo sem o objeto, mas se ilustrar só o reflexo de que plano foi prospectado esse ato criador? Tudo precisa mesmo fazer sentido? As experiências lúdicas são tão ricas! Hoje mesmo lembrou da palhaça de dentro do metrô. Ela sorria de cara pintada, nariz vermelho e roupa colorida. Como consegue armar um sorriso daquele às seis e meia da manhã, em pé, apertada no vagão do metrô? A palhaça espirrou. Atchimmmmm! Silêncio! Eu, hein, gente esquisita! Cê espirra e ninguém fala saúde! A palhaça não é boba, ela confronta, ressignifica o ambiente com seu sorriso impávido colosso e a gente... sente? Ela era atrevida, passava entre as pessoas automáticas e perguntava: Ei, você é feliz? Você está feliz? Você é feliz assim? Ninguém respondia. Será que essa tática de humanizar o processo funciona com pessoas dessa década? O público estava cansado e indiferente demais para responder questões tão filosóficas que exigem alguma porcentagem de reflexão. Compenetrados demais nas mensagens do smartphone que do corpo é extensão.
Piiiiiiiiiiiiiiiii. Metrô Sé... desembarque pelo lado esquerdo do trem. Foi assim que a palhaça deu um tchau, mandou beijos pelo ar e saltitante saiu.
Será que alguém reparou que os olhos castanho-escuros da palhaça estavam tristes? Daria um desenho...

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Boletim Poesia é da hora com texto poético de Diax - Atiradora da Poesia


Salvê...
Domingo teeeeeeem boletim Poesia é da hora, na rádio Cantareira Fm, programa Meu Caro Amigo. E vem pesadão dão dão com o texto poético da Diax - Atiradora da poesia, mana firmeza de A E Carvalho.

Acessa lá e bora ser feliz:

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

09 anos de TV ArtMult Cultural


Sinóptico - Marah Mends


Sinóptico

Numa pausa para o café, mesmo em pé, refletiu sobre seus múltiplos papéis sociais. Para que assumir tantos papéis se temos uma vida tão curta? É possível a escolha de uma, duas, no máximo três funções e seguir?

O que é sucesso? O que está atrelado a ele? A custo do quê? Qual a diferença entre sucesso e sobrevivência? A impressão que tenho é que uma geração inteira é indiferente com a preciosidade de um tempo livre. Enchem-se de afazeres para nos dizeres soar com orgulho: Não tenho tempo! Ei, você observou que o céu mudou de cor? Não tenho tempo! Tá vendo aquele vaso ali? Brotou uma flor.. viu? Não tenho tempo!  Sua mãe em linguagem não-verbal te pediu um abraço e você... Que ocupação é essa? Ocupa... o quê?

Foi na pausa para o café que bugou. Bugou a ponto de não conseguir soletrar o próprio nome. Como me chamo mesmo? Pausas são importantes? Porque não sei se reparou, mas tem coágulos em suas mãos. Sua mente está estraçalhada e o pensamento migrado de outros cansaços ainda reproduz as orientações de fábrica.

Titubeou quando alguém removeu o hiato para o café. Hiatos são importantes? Dá pra pedir reembolso de hiatos? Era justamente no hiato para o café que surgiam as reflexões mais elucubrativas para além do êxito fabricado. Por sorte ou azar sobrou-lhe a baiuca. Ah, a baiuca! Heroína ecumênica de todas as bocas secas! Tinha até uma credencial baiuquiana, mas precisava guardar debaixo da blusa para cumprir outros papéis sociais que lhe ensinaram ser necessário para sobreviver.

Retornou os pensamentos nesse rol sintomático: ainda dá tempo de curar-se?

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