Periclitará
Vivia na borda dos outros dentro da instituição da calamidade pública. Demonstrar a unidade da humildade era proibido por lá. Gostava de dicionarizar no primeiro contato visual, as eufonias eram as suas prediletas. Julgava-se inalienável, mas era nas tecladas involuntárias que revelava todo o seu poder de exclusão de si. Quem era, afinal?
Presentificava a família, os amigos, a sociedade, a instituição da calamidade pública, porém, consigo, era só diarréia, disfunção e tecladas involuntárias.
Ainda há tempo para realçar a própria dignidade nesse frontispício malgrado?
Entre zurros e pinotes mordazes, recusou-se a aprender uma nova lição.
Marah Mends
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