segunda-feira, 6 de maio de 2013

O tudo e o nada

O tudo e o nada

Não sou gordo
Nem sou magro
Não sou bonito
Nem sou feio!

Não sou patriota
Nem sou socialista
Não sou pedra
Nem mesmo.

Sou o grito dos pulmões dilacerando as injustiças
Sou o brilho da manhã calorosa
Sou o afeto no rosto dos incompreendidos
Sou o verbo que rasga a falsidade.

Sou o beijo na boca da compreensão
Sou o ódio no amor inabitável
Sou a visão na mente do revolucionário
Sou a sede embriagada de desejos contraditórios.

Eu sou o tudo
E a mesmo tempo
Eu sou o nada.

Não sei da onde vim
Nem sei pra onde vou.

Mas o que sei
É que sou algo
Que penetra nesse universo
De constante dúvidas
E perguntas.

Hugo Paz

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