O
demônio do conhecimento
Faltam eufemismos para
aliviar o formigamento que vai do dedão do pé, até o último fragmento de cabelo.
Os depoimentos contrastantes, os choros inimitáveis e as goelas inchadas de
adagas, nada mais são do que o refluxo da lama e do fogo que viraram cerâmica.
Há um emaranhado de
sentimentos desconexos nessa bruma, nesse ninho. Por onde anda o seu outro?
Neutro? Ou sonâmbulo, sozinho?
As páginas que seguem são
de um romance sobre o nada, tão imprestável que não amplia horizonte nenhum. É
um engendrado de inventividades acostumadas a serem tomadas quentes em xícaras
vazias logo pela manhã. Talvez ainda haja esperança pelo golpe de sorte ou de
azar. Mas e se tudo já estiver perdido? E se tudo que acreditou, não for?
Trago péssimas notícias
do futuro: Há lágrimas que não caem, mas inundam por dentro.
Marah Mends
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