terça-feira, 11 de junho de 2019

No contorno da nossa boca - Marah Mends


Em cada conversa há o carregamento e o descarregamento de correntes teóricas de influências sociais. Monólogos, diálogos, triálogos, poliálogos, conversas tortas, boca, bico, contorno. Conversas de bar, conversas institucionalizadas, conversas condicionais, conversas de estímulo aversivo, conversas boca de lobo, conversas boca dura, conversas boca mole, conversas boca de fumo, conversas que só poeta entende, contorno, bocas, conversas transigentes. Existem abordagens comportamentais em todas elas, nas conversas. O enfrentamento entre as palavras persiste, elas disputam a atenção em difusão de ideias, sopros, onomatopeia.  Fragmentadas ou em sua totalidade as conversas revelam costumes bárbaros, estruturantes, apaixonantes, cômicos e ignorâncias biológicas complexificadas demais para pré-julgamentos simplistas, afinal, o vinco dos vínculos ainda está vivo e tenso dentro de nós desde as últimas gerações. A conversa direta ou indireta é quase uma coabitação em constante implementação, para não dizer desenvolvimentista.
Conversa vai, conversa vem... na analogia das palavras será que toda discussão vira debate no contorno dessas bocas?

Marah Mends  

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