domingo, 10 de novembro de 2019

Todavia - Marah Mends

Todavia

Fragmentou-se no pressuposto da entonação. Ga-ga-ga-guejou a sua segurança linguística e incontestável ao se emocionar com um aperto de braços. Estaria mais sensível hoje? Quase ninguém percebeu a escapulida emocional escorregando entre as entrelinhas, traíras, traíras! Fugazmente reconstituiu-se das brechas emocionais ao respirar fundo para reedificar-se. Droga… que desânimo!
Sentiu asco só de imaginar toda e qualquer demonstração de sentimentalidade. Sentimentalidade é uma grande merda, pare pra pensar! A despeito de que te querem como escopo de impressões alheias e discursos indiretos? Saiu dessa boquinha que vos fala? Dessa mãozinha que vos escreve? Então não brisa!
Hoje, hoje fragmentou-se com um apertar de braços, porque assim como o Raul, também é uma metamorfose ambulante que é, mas não é. Está e não está. Faz e desfaz. Sente, mas não sente mais. É exatamente esse tipo de subjetividade que incomoda, para não dizer irrita,  a objetividade. A usabilidade da bipolaridade permeia em si, significativamente. 

Sentiu fome ao olhar para as panelas. Mas sua língua estava dormente.

Marah Mends.

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