quinta-feira, 30 de maio de 2019
Excludente - Marah Mends
Excludente
Há nebulosidade à frente. Ali, veja! Está estampada neste semblante a palavra “readequação”. Readequar-se ao que, porra? Que paradigma é esse? É um paradigma?
É mais fácil compreender a concepção do que a pluralidade das dimensões. Dizem que são muitos os caminhos para alcançar o conhecimento. Que conhecimento? Que rumos? É algum tipo de experimentação social perpetuado em ritos homogêneos formados sem base na dialogicidade? Porque se for nem quero! Prefiro tomar uma cerveja gelada e barata com os pombos na calçada a ter que ouvir essa mera reprodução de conteúdo. Deixa-me viver e morrer em paz e em guerra! Guarda seus conhecimentos críticos e reflexivos para quando eu estiver bem loucx, assim não sou obrigadx a te acompanhar nesse processo de associação que me torra. Recuso veementemente essa herança metodológica.
Antes que se esqueça, ontem à noite, mais um ser humano morreu por não ter um cobertor.Antes que se esqueça, ontem à noite, mais um ser humano morreu por não ter um cobertor.
Marah Mends
segunda-feira, 27 de maio de 2019
O caminho do meio - Marah Mends
O caminho do meio
Num só sacode extirpou os
discursos moldados. Extirpar era tão natural quanto comer mangar com sal.
Ouvia diversas terminologias
tortas no decorrer da transitividade. Antes as terminologias do que as ideias
tortas, pensou.
Os ambulantes no vagão têm seu
próprio processo educativo. É na prática social que acontece o movimento dialético
desafiador dos perigos do modelo clássico.
Cada olhar ambulante é um
universo diferente com todas as matérias da escola inclusas: geografia, história,
matemática, sociologia, português, inglês, biologia, química, física, arte.
Gerenciar a emoção não é fácil,
mas se não houvesse perguntas haveria respostas?
Pelo caminho do meio foi...
Marah Mends
terça-feira, 21 de maio de 2019
Subsequente - Marah Mends
Subsequente
Era tudo tiroteio antes de mergulhar
no mar. Seu escudo era um quase suplício inocente de quem está, mas odeia estar,
entre essa gente. Era horrível a obrigatoriedade em carregar essa carga humana
de perspectiva atemporal. Pensou: a descontinuidade é a edificação! Mas, para
abordar outras demandas é preciso ter perseverança, há vagarosidade no caminho.
A subsequência da cadeia produtiva é o vômito regurgitado em cada esquina. Poças
e poças de vômito de quem não aguenta mais as pedradas do padrão de vida, costumeiramente,
a ambiguidade é intencional. As palavras transcritas na água do mar foram mergulhadas
em cada braçada não-verbal.
O que legitima o nosso autocontrole
ou a falta dele?
Marah Mends
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Boletim Poesia é da hora com texto de Julie Lua
Salve, salve. Dominguera é dia de boletim Poesia é da hora e o texto poético é da compa da Praia Grande, a poeta Julie Lua. Se liga que é dia 26 de maio às 11h40 durante o programa Meu Caro Amigo, na rádio Cantareira FM.
Acessa lá que é nóis!
MULTIDIMENSIONALIDADE - Marah Mends
MULTIDIMENSIONALIDADE.
Adentrou na mata à procura de um lugar ameno para descarregar seus insossegos. Por um momento, não queria ouvir os ruídos do mundo de concreto queria desapego. No contraste da sua boca, a posteridade sussurrou o que o processo de observação absorveu dos sentimentos de concreto. Ultimamente, para não dizer todos os dias, sentia vontade de enfiar as “pessoas-sentimentos” de concreto num galão de cerveja quente e disseca-las só com a força do pensamento. Bando de sanguessuga! Os suplícios não cessam, pelo contrário, seguem apopléticos. Assustou-se com o que pensou: estou no meu limite? Por isso, adentrou na mata, para ver se, de alguma maneira, a força da natureza dava um “vade retro” e engolia de uma vez por todas essas energias receptadas no caminho dos ossos do ofício. A natureza contempla um corpo ambulante de órgãos diluídos. Memória, mente, emoção, carne, tecido... diluídos, diluídos, diluídos. Dói cabeça, dói consciência, dói costas, dói olhos, dói cada falange dos dedos, dói estômago, coração dói... DOI-CODI, mais um causador.
Adentrou na mata para aliviar-se, mas o acúmulo de décadas foi tanto que só pode cobrir-lhe de luto.
Marah Mends.
quinta-feira, 16 de maio de 2019
Caso inexplorado - Marah Mends
Caso inexplorado
Beijou aquele sorrido antes do nascer do sol. Os resquícios de outras evidências estão nas subdivisões dos sentimentos herméticos compartilhados entre recursos de expressões diversas. Estamos interlocutorxs de uma vivacidade tão completa e pouco sofisticada que às vezes, telepaticamente, desenha uniformidades. É na calada que se fala, se ouve e sussurra. Mentes intranquilas amanhecem ao entardecer. Como pode a sensação perpassar o entendimento, a convivência?
Era inexplorado o terreno, mas o cheiro de terra molhada sempre esteve lá.
Marah Mends
segunda-feira, 13 de maio de 2019
Boletim Poesia é da hora 19/05/19 com texto de Ana Paula
Aaaaai que saudadona desse boletim!
E da poeta Ana Paula Costa!
E dos abraços poéticos!
E das vibes!
Domingo às 11h40 é nóis na rádio Cantareira FM. Acessa lá: http://radiocantareira.org
E da poeta Ana Paula Costa!
E dos abraços poéticos!
E das vibes!
Domingo às 11h40 é nóis na rádio Cantareira FM. Acessa lá: http://radiocantareira.org
terça-feira, 7 de maio de 2019
Sarau Poesia é da hora em São Mateus
Maaaano fazer sarau em São Mateus é massa demais! Cada sarau é uma vibe diferente e uma nova oportunidade de sentir o outro na alegria e na dor. O que fazer/dizer nesse momento de contato, alegrias/dores, confrontadas com as do outro? Quando digo alegrias e dores incluo as nossas também. E quando te olham esperando que você diga ou faça algo que alivie, por um momento apenas, injustiças sociais que foram e são de uma vida toda? As pessoas que estão ali "abrigadas" por muito ou pouco tempo, apesar de todas as feridas, nos receberam com abraços, sorrisos, cantaram, dançaram, trocaram. E aquilo foi tão bom, saca? Aquele momento, pra nós, pra todos! A gente percebe, a gente sente. O sarau é também uma válvula de escape. Quando o evento acabar é vida que segue. Segue? Só segue? Ou a gente leva um pedacinho de tudo que sentiu conosco?
Máximo respeito pelas vivências e experiências do povo de rua.
Hoje, depois do sarau, levei comigo o abraço e o olhar de uma senhora que me abraçou muito muito forte quando cheguei e me pediu uma poesia.
Máximo respeito pelas vivências e experiências do povo de rua.
Hoje, depois do sarau, levei comigo o abraço e o olhar de uma senhora que me abraçou muito muito forte quando cheguei e me pediu uma poesia.
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