Achei uma bolinha de gude perdida no quartinho das bagunças. Mó bonitinha ela: azulzinha, pequena e com uma listra branca no meio. A listra parecida com a lua crescente. Coloquei-a na palma da mão e fiquei olhando-a com um sorriso meio besta, mais besta do que o habitual. Parei de olhar quando tive a impressão que ela me olhava também. Um a zero pra bolinha, porque quem não desvia o olhar, ganhou.
Bolinha de gude, pelo menos pra mim, traz as memórias dos "canela cinzenta" com seus potes cheios de bolinha debaixo do braço. As meninas não eram bem-vindas nessa brincadeira e só ficavam as marrudas ou as desobedientes.
Fazíamos triângulos no chão de terra e cada jogadora e jogador colocava uma quantidade de bolinhas dentro daquele triângulo. Contávamos de três a quatro passos a frente desse triângulo e fazíamos uma risca em linha reta no chão, nem tão reta assim. As jogadoras e jogadores se posicionavam atrás dessa linha, um ao lado do outro. A gente chamava a bolinha maior de boticão, cada jogadora e jogador normalmente começava com uma boticão na mão. A boticão era a bolinha mais robusta, a matadora, a que ia fuzilar sem dó as outras bolinhas adversárias e tirar a maior quantidade de bolinhas pequenas de dentro daquele triângulo que era a prisão das bolinhas. Ganhava o jogo quem matasse as boticões adversárias e tirasse todas bolinhas de dentro do triângulo. Passávamos horas assim... até que o pote se esvaziasse, enchesse ou uma mãe gritasse pra entrar que já tava tarde.
Bolinha de gude, pelo menos pra mim, traz as memórias dos "canela cinzenta" com seus potes cheios de bolinha debaixo do braço. As meninas não eram bem-vindas nessa brincadeira e só ficavam as marrudas ou as desobedientes.
Fazíamos triângulos no chão de terra e cada jogadora e jogador colocava uma quantidade de bolinhas dentro daquele triângulo. Contávamos de três a quatro passos a frente desse triângulo e fazíamos uma risca em linha reta no chão, nem tão reta assim. As jogadoras e jogadores se posicionavam atrás dessa linha, um ao lado do outro. A gente chamava a bolinha maior de boticão, cada jogadora e jogador normalmente começava com uma boticão na mão. A boticão era a bolinha mais robusta, a matadora, a que ia fuzilar sem dó as outras bolinhas adversárias e tirar a maior quantidade de bolinhas pequenas de dentro daquele triângulo que era a prisão das bolinhas. Ganhava o jogo quem matasse as boticões adversárias e tirasse todas bolinhas de dentro do triângulo. Passávamos horas assim... até que o pote se esvaziasse, enchesse ou uma mãe gritasse pra entrar que já tava tarde.
Objetos são ótimos instrumentos para reativar memórias...
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