Quando eu era criança gostava de subir em cima da laje para observar as estrelas. Às vezes ficava mó cota lá em cima, brisando uma brisa minha e acho que minha mãe pensava que eu tava na rua brincando com as molecas e com os moleques, como de costume fazíamos (na década de 80/90 nossa rede social era a rua). Observá-las no silêncio das noites de céu limpo me trazia uma calma que nem eu sabia que tinha. Gostava daquela paz. Ainda gosto! Na cadência da brisa, também imaginava se era possível construir um teto de vidro, se possível no quarto, só pra deitar e continuar observando-as antes de dormir. Vi algumas estrelas cadentes e também fiz pedidos conforme as crenças populares. Mais tarde descobri que eram meteoros e não necessariamente estrelas e nada mudou pra mim. “Malcriada” que era, e ainda sou às vezes, apontava o dedo indicador para algumas delas desafiando a tal história sobre as verrugas. Às vezes passava um avião ou outro fazendo um estrondo, mas eu não ligava muito para os aviões. Os corpos celestes com luz própria prendiam mais a minha atenção. Lendo gibis, almanaques, enciclopédias, soube da existência da astronomia, que tem estrela que é maior que Sol, que cada signo tem uma constelação, mas também não dei a atenção devida porque nem tudo precisava fazer sentido e eu só queria ficar olhando pra elas de mente vazia e coração cheio...
Sarau Poesia é da hora anos na biblioteca Mário de Andrade com Mokó de Sukata.
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